Histórias mal contadas
Tais Turaça Arantes
Ela anda pelas ruínas do seu coração
e se pergunta onde todos estão...
Grita tão alto, mas ninguém escuta
a garota da última rua
Ela se sente sozinha em uma noite de chuva
mas ela custa a acreditar que não é sua culpa
porque quando é madrugada ela lê mais uma bula
O caminho que ela segue não tem volta
e toda vez que ela acorda
Ela sabe que está mentindo para ela mesmo
Mas até a lua mente com seu brilho
Porque essa cidade é um túmulo de histórias mal contadas
e ela está tão fora desse estereótipo que criaram para ela
suas mãos não dançam livremente... elas são escravas
de uma vida errada
E ele não acorda livre de suas dúvidas
porque tudo tem fugido de seus planos
e ele sente como se estivesse vivendo em meio de insanos
Nada faz sentido quando não se acredita em mais nada
Talvez se essa cidade fosse diferente... Mas é tudo tão repetitivo
Ele caminha pelos medos de seu coração
Porque quando ela acorda não sente mais razão
naquilo que faz... Para ele tudo está perdido
Uma demissão era o que ele precisava para ficar sem entender
a conexão das coisas... talvez a lógica não exista...
algo de errado tinha que acontecer
para completar uma vida de mista
de dor e prazer
E quem liga para o menino da primeira rua?
E quem liga para corações despedaçados?
Mas ouçam os ventos da cidade sopraram diferente na quarta
um ônibus quebrado... e mais um atrasado... um comércio incendiado
entre um suco não adoçado e salgado mal assado
O menino vê a garota da última rua...
Quando os corpos se abraçam pequenas ruínas são reconstruídas
e alguns medos vão embora...
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