sábado, 7 de maio de 2011

"Ó Capitão! Meu Capitão!"



Bem para começar a postagem, queria dizer que não sou graduada em Letras, não sou uma especialista em Literatura, escrevo errado... mas eu queria muito falar de "Ó Capitão! Meu Capitão!" de Walt Whitman.
Eu tenho muitos poemas preferidos, mas esse é tão diferente, talvez seja pelo modo que o conheci, foi a muito tempo atrás quando assisti "Sociedade dos poetas mortos", mas talvez seja pela história que está atrás dessas palavras, pois bem Walt Whitman escreveu o poema depois do assassinato de Abraham Lincoln, o navio do poema é o Estados Unidos, a viagem terrível é uma relação á Guerra Civil Americana, e o Capitão é Lincoln...
Mas no fundo, eu sei bem que não é por essas duas coisas que amo o poema, é pelo o que sinto quando leio, é o sentimento que acorda dentro de mim... Penso em tantas coisas, mas quando leio o verso "O barco venceu todas as tormentas, o prêmio que perseguimos foi ganho;" eu penso o quanto eu luto por algumas coisas e algumas vezes eu consigo ganhar elas para mim, o sentimento de vitória é grande, mas também penso em tudo que pensei que tinha conquistado e perdi depois... Agora chega de palavras ao vento... Boa leitura :)


Ó Capitão! Meu Capitão!

Oh capitão! Meu capitão! nossa viagem medonha terminou;
O barco venceu todas as tormentas, o prêmio que perseguimos foi ganho;
O porto está próximo, ouço os sinos, o povo todo exulta,
Enquanto seguem com o olhar a quilha firme, o barco raivoso e audaz:


Mas oh coração! coração! coração!
Oh gotas sangrentas de vermelho,
No tombadilho onde jaz meu capitão,
Caído, frio, morto.


Oh capitão! Meu capitão! erga-se e ouça os sinos;
Levante-se - por você a bandeira dança - por você tocam os clarins;
Por você buquês e fitas em grinaldas - por você a multidão na praia;
Por você eles clamam, a reverente multidão de faces ansiosas:


Aqui capitão! pai querido!
Este braço sob sua cabeça;
É algum sonho que no tombadilho
Você esteja caído, frio e morto.


Meu capitão não responde, seus lábios estão pálidos e silenciosos
Meu pai não sente meu braço, ele não tem pulsação ou vontade;
O barco está ancorado com segurança e inteiro, sua viagem finda, acabada;
De uma horrível travessia o vitorioso barco retorna com o almejado prêmio:


Exulta, oh praia, e toquem, oh sinos!
Mas eu com passos desolados,
Ando pelo tombadilho onde jaz meu capitão,
caído, frio, morto.

Um poema de Walt Whitman