terça-feira, 2 de agosto de 2011

O cadáver

O Cadáver



Esse ano completarei 26 anos, e tem acontecido muitas coisas na minha vida, eu sempre guardei comigo os momentos ruins e os bons... Mas aquela manhã fria de natal para sempre vai ficar guardada comigo, o dia em que eu vi o cadáver!

Eu sempre gostei do natal! São as luzes tão brilhantes na árvore, as expectativas dos presentes, o fato de não ter aula e nem ter que ir trabalhar, é saber que a família inteira vai se reunir, e eu seria hipócrita se negasse que eu também amo os doces feito para o dia tão especial que eu aguardei tanto durante o ano.

Era 25 de dezembro, tinha 4 anos, os feixes de luz passavam pela janela iluminando o meu rosto, eu quase não tinha dormido durante a noite, estava um tempo frio, mas nada me faria ficar na cama aquele dia, e assim que levantei, coloquei os meus pés no chão gelado e foi nesse momento que vi! No canto do meu quarto, ele estava pálido e frio, não respirava mais, o olhar fixo no nada, fixo no vazio, eu me desesperei e gritei, minha mãe foi correndo para o quarto... de tanto medo eu corri para debaixo das cobertas, só abaixei uma pontinha da coberta para ver minha mãe pegar o cadáver! E desde então fica vivo na minha memória o cadáver da lagartixa.


Taís Turaça Arantes

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