quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nênia (poema)

Nênia






E olhaste para meu límpido ser com o olhar da lamúria
como pode pensar que em mim causaria a fúria?
E a mim dedicaste a tua nênia
Como uma alma que no inferno queima

Meu senhor, eu vejo a Morte sorrir
intensamente para mim...
Oh! Meu senhor, eu vejo um pálido horizonte
eu choro por ser me negada a água dessa fonte...

Meu nome cravado nessa sepultura
minha face fica gélida como uma escultura

Meu senhor, eu olho a cova que para mim cavaram
eu vejo nesses olhos santos que nunca me amaram
e que minha ausência nunca será um pedra
é como cada promessa que se quebra...
E quando eu me olho no espelho, só vejo essa fera...

É, no final é isso que me resta, esperar, esperar...
até esses dias acabarem e meu coração não mais bater...

Taís Turaça Arantes

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