sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cama vazia




Emaranhada em vossas pífias palavras
Começo a estranhar os feixes de luzes
Pois abandonada é essa alma, amargas
são as crenças que ela alimentou, então ofusques
tudo que eu um dia acreditei... Tardia é a hora que vejo
que não foste meu, frio é o meu leito...

Lâminas do meu travesseiro furam minha mente
o sangue deixa meus lenções brancos em tons carmim
Deixaste o tormento sobre minha cama, quente
foi o momento de Vênus*, agora não há nada em você de mim...

Não há em tu nenhum vestígio do meu toque
nem uma carícia do meu traidor
vós não me deixaste nem o gosto do beijo de Judas
Mas pelo seu cheiro que ainda prevalece na minha cama ainda és meu predador
e assim sendo eu continuo o círculo da crendices de suas pútridas palavras.


Taís Turaça Arantes

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