sexta-feira, 31 de julho de 2009

Escrevi hoje...

Vosso outono


Tocai-me para curar o meu mais profundo desejo
Abraçai-me nessa gélida noite de lampejo
E na vossa serena escuridão eu me prendi
E no vosso toque frio eu me apeguei

Luciferarás meu caminho?
Beijarás-me no primeiro alvor da manhã?
Uma cálida promessa feita no nimbo
Essa mente não se considera sã...
Dançando nos vastos salões da insanidade
Este ser percebe que nada há de vir mais tarde

Vendo o sol jazer por de trás da decadência de vosso outono
Nunca tomarás minha mão, em Elysium* cairei em sono?
Uma promessa pútrida feito a um mártir
sonhos mortos aqui...
Escondida atrás deste sorriso vazio
Rui uma criança ferida, ela já sucumbiu...
A neblina da vida se tranca
O rouxinol pela última vez canta...



Taís Turaça Arantes


*Elysium o lugar onde os abençoados descansam após morrer

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