domingo, 8 de maio de 2016

A drosera e a perpétua



A drosera e a perpétua
Taís Turaça Arantes

Oh, o amor
Essa flor drosera que sempre devora a vida
Oh, o arrependimento
Essa flor perpétua que não seca mesmo depois de morta

Os dias viajam pelo calendário
E já estamos em maio
Alguém, por favor, pare esses dias submersos de tristeza
Alguém, por favor, dá-me uma máscara para esconder essa fraqueza

Eu ando por essas ruas lotadas de pessoas
Histórias se esbarram todos os dias dentro do metrô
Mas eu nunca estive tão sozinha
No final alguém sempre tem que perder
E que nunca seja você!

A vida corre rápido nessa cidade de um sol ávido
A culpa guia os meus passos nesse chão recém-criado

Oh, o amor
Essa flor drosera que não se contenta apenas com afeição
Oh, o arrependimento
Essa flor perpétua que não aceita os dias que se vão

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