quinta-feira, 30 de julho de 2009

Um poema antigo...

Poema antigo... Nem lembro quando escrevi o.o



Rio Lethean

Um anjo mancha suas vestes brancas de vermelho
fique de joelho, permaneça de joelho
Uma lamina afiada corta um coração em mil pedaços
amordaçado pelos laços
não é você no espelho?

Qualquer promessa pútria feita a ti foi mentira
Qualquer oração a ti foi esquecida...
Nade no Rio Lethean*, nunca soube dizer ao certo quando começou
e nem quando terminou...

Delicado sofrimento derramando pelas suas lindas mãos feridas
O deleite do barqueiro, uma moeda pelas lições escondidas
O odre cheio de sangue inocente
Crepúsculo perto da estrela do anoitecer da sua mente

Eu sempre estive aqui nos campos longínquos, esperando por você
horizontes tristes e pálidos estão cansados de sofrer...
Em meio todo esse terror eu tome-te pela sua mão...
mas és fraco de mais para lutar
és fraco de mais para continuar
E agora deves permanecer no chão

Esquecido de todo o ensinamento morra agora, morra sozinho
Do doce vinho para a água, caindo do ninho
e serás abandonado na sombra da dúvida
e não sobreviverá na sombra úmida

Todas as almas temem, todas as almas morrem
Todas as almas somem...
Em um nimbo de puro vazio


Taís Turaça Arantes



* Lethean: Na mitologia grega, é o rio do esquecimento. Um dos 5
rios em Hades.

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